002 - Narrativa - Prancha 01 | Vinheta 02 a 04 (Cap. I)
Texto literário - 002 (continuação):
“A água que cai abundantemente nos telhados dos edifícios é rapidamente conduzida para os algerozes e precipita-se numa descida de vários andares até ser descarregada violentamente nas ruas inundadas.”
001 - Narrativa - Prancha 01 | Vinheta 01 (Cap. I)
“Um raio recorta a noite seguido do som ensurdecedor de um trovão que reverbera por longos momentos.”
O meu livro e nós - Sinopse e resumo
- Criação de uma obra que reunisse alguns conteúdos históricos e que pudesse ser contada com uma boa dose de entretenimento.
- Contar a história de Personalidades Universais de origem Portuguesa que se diferenciaram pela genialidade e engenho.
"O meu livro e nós"
Sinopse:
“O pequeno livro revelou-lhe a “Toca do Coelho”, mas foi a coragem que a fez a entrar.”
Resumo:
A Edite nunca esqueceu o pai que desapareceu sem deixar rasto na altura em que tinha seis anos. Revoltada com o sucedido, atirou para o fundo de uma gaveta a última lembrança que este lhe deu: um pequeno livro que esteve desaparecido durante 10 anos.
Voltou a encontrá-lo recentemente, antes de um treino, na altura em que tirava o fato de treino da gaveta. Edite interpretou este facto como um sinal positivo no sentido de descobrir o que aconteceu ao pai, mas rapidamente o misterioso livro, que se apresentava como uma solução, se torna um problema.
Imagem: Concept Art - primeiro estudo do pequeno livro preto
“O meu livro e nós” - Processo de trabalho
O nível de complexidade para a criação de uma banda desenhada é suficientemente grande para que deva haver a preocupação por parte do autor de desenvolver um processo de trabalho que garanta a aceleração do projecto, evitando avanços e recuos desnecessários.
Infelizmente não existem formulas mágicas que garantam o sucesso na criação e adaptação de uma história para a BD mas poderei partilhar o pouco que conheço sobre o assunto, aproveitando desta forma para me organizar e aprender.
Aqui vou tornar públicos alguns dos meus raciocínios sobre o assunto, apresentando de forma integral a adaptação da segunda versão do projecto “O meu livro e nós” do qual sou autor. Esta nova versão do projecto está mais simplificada e orientada para um target infanto-juvenil apesar de manter todos os ingredientes principais da versão original.
Durante a adaptação irão ser abordados assuntos que sejam pertinentes ao desenvolvimento do projecto, desde a escrita do Guião até à sua adaptação à BD, passando pelo Design de Personagens, (indumentária, expressão, poses de acção, etc.), Composição, Processo de Trabalho, Estratégia, etc..
Tendo em consideração que este é um assunto complexo que faz parte de um Work in Progress, é possível que hajam avanços e recuos nos conteúdos que irei disponibilizando e haverão de certeza, correcções em posts já publicados.
Imagem: Storyboard “O Livro” (1ª versão) regista alguns dos pontos chave da narrativa.
A Simbiose Autor/Leitor na BD
O protagonismo que o leitor tem na narrativa obriga a que o autor esteja sempre consciente da sua existência e importância, pois é para ele que deve comunicar de forma simples e clara recorrendo ao desenho e ao texto (quando existe).
Poder-se-á dizer que deve haver um equilíbrio entre o que deve ser narrado (desenhado e/ou escrito) e o que deve ser interpretado. Talvez este seja o maior desfio do autor: o de fornecer uma sequência de imagens que permitam que o leitor interprete correctamente cada acção da narrativa.
O autor tem também a responsabilidade de conduzir a audiência na aventura, definindo a orientação, o ritmo e o timming da leitura recorrendo a técnicas narrativas específicas da BD ou transversais a outros médium visuais.
Mas atenção! O leitor deverá ser conduzido de forma discreta para que possa concentrar-se na leitura tirando dela o maior partido.
Poder-se-á dizer que deve haver um equilíbrio entre o que deve ser narrado (desenhado e/ou escrito) e o que deve ser interpretado. Talvez este seja o maior desfio do autor: o de fornecer uma sequência de imagens que permitam que o leitor interprete correctamente cada acção da narrativa.
O autor tem também a responsabilidade de conduzir a audiência na aventura, definindo a orientação, o ritmo e o timming da leitura recorrendo a técnicas narrativas específicas da BD ou transversais a outros médium visuais.
Mas atenção! O leitor deverá ser conduzido de forma discreta para que possa concentrar-se na leitura tirando dela o maior partido.
Imagem: As sete primeiras pranchas da 1.ª versão do projecto o “O Livro”.
Storyboard vs Prancha Final - 02
De acordo o Guião, "O tempo está chuvoso e os relâmpagos rasgam o céu...": a acção pede uma representação da iluminação interior com variações bruscas e sombras recortadas.
No storyboard a diferença de iluminação assinalada entre a primeira e segunda vinheta tem a intenção de sugerir a queda de um raio no exterior.
Na prancha final (à direita) esse facto não foi considerado pois isso só será feito durante a arte-final (digitalmente). Também é possível verificar que a representação da Edite na última vinheta da prancha final não está consistente com as anteriores. Isto acontece porque a personagem ainda não está definida e aproveitam-se estas alturas para testar "novos visuais" em acção.
Storyboard vs Prancha Final - 01
Para evitar repaginações, está a ser estudada a possibilidade da publicação em vários formatos diferentes em simultâneo (um dos formatos a vermelho). Este conceito iria implicar a concentração do texto no interior da linha vermelha e já condiciona a representação de todo conteúdo das vinhetas.
Esta estratégia deverá ser descartada devido à importância que o texto tem na narrativa, pois apesar de transmitir os conteúdos, determina o ritmo da acção (em conjunto com a imagem) e a orientação da leitura.
Na BD, o texto é demasiado importante para ser subordinado a interesses exteriores à narrativa, por mais vantajoso que isso possa parecer.
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