Narrativa - Prancha 04 | Vinhetas 3 a 5 (Cap. I)


"De repente o crepitar das tábuas dá lugar a um estalido forte e grave.
O chão cede por baixo do meu pé direito que se afunda num buraco ao mesmo tempo que a película cinzenta de pó é rompida pela primeira vez em muitos anos. De imediato suspendo a respiração para impedir que as partículas me entrem para a boca ou nariz. Semi-serro os olhos e atordoada fico a olhar para o feixe de luz que entra pela única janela que ali existe e que parece ampliar a quantidade de partículas suspensas que me envolvem num abraço, que me convida a permanecer.

Superada a surpresa e afastando o medo, tento adaptar-me à iluminação mais ténue ao nível do chão. Inclino-me para a frente enquanto apoio cuidadosamente as mãos no soalho apodrecido. Com a mão direita contorno as tábuas à volta do tornozelo em busca de uma folga até encontrar uma mais fragilizada, que se esfarela quando a pressiono.

Estou livre e curiosa. Pego no telemóvel que trago no bolso e uso-o como lanterna. Aponto-o para o interior do buraco na tentativa de perceber em que superfície macia e confortável se apoiou o pé. Parece um embrulho cuidadosamente escondido.
Com a ponta dos dedos agarro o pano envelhecido que o envolve e quando puxo rasga-se sem que o objeto que protege se mova."

Narrativa - Prancha 04 | Vinhetas 1 e 2 (Cap. I)


Com cuidado, avanço paço-ante-paço numa irresistível viagem no tempo, tropeçando em memórias felizes que me abandonaram há já muito e das quais já não tinha consciência. Sou bombardeada por inúmeras emoções à medida que observo o cenário.

Continuo a avançar. Desvio-me dos objetos maiores que ostensivamente teimam em ficar no caminho. Apesar do esforço que faço para não sobrecarregar as tábuas sob os meus pés, tenho a sensação de que a delicada superfície que percorro pode ceder a qualquer momento.

Prancha 04 - "O Livro" (storyboard)


"O livro" é um projecto literário criado com o objectivo de ser adaptado à Banda Desenhada e que tem pressuposto simples: contar histórias da História de forma lúdica e interessante com recurso a uma narrativa emocionante e romantizada.

Associada a esta ideia está também a preocupação de uma produção rápida.

Assim que comecei a "desenrolar este novelo" apercebi-me que o “pressuposto simples” se complicou e para que a história pudesse ser produzida e implementada como planeado, não me restou outra opção senão simplificá-la. Comecei por aperfeiçoa-la nalguns pontos, sempre em busca de algo mais "controlável".

Este processo de simplificação foi rápido e permitiu que a história conservasse a sua identidade, deixando-a com um bom potencial de evolução.

As pranchas que estou a disponibilizar ainda pertencem à primeira versão da história.

Narrativa - Prancha 03 | Vinheta 03 (Cap. I)


Por todo o lado se acumulam objetos de todas as formas e feitios. Alguns perderam a sua utilidade com o tempo, outros nunca a tiveram e só ali estão pelo capricho e imaginação fértil de 3 crianças, que em determinada altura elegeram aquele local como o favorito para as suas brincadeiras.
Lembro-me da felicidade estampada na cara da minha mãe quando nos via a correr aos gritos pela cozinha na direcção do sótão, totalmente absorvidos na imaginação da brincadeira.

Éramos uma família feliz!

Os meus tios, os meus primos, a casa, a pocilga,  a capoeira, o trator, a ribeira, o pinhal, era tudo o que não tínhamos na grande cidade. Aqui tudo era permitido. Sentia-mo-nos adultos a viver aventuras adultas.

Com o desaparecimento do pai toda a alegria desapareceu como que absorvida por um buraco negro. Passo a mão pelos olhos na tentativa de impedir uma lágrima mais rebelde.

Olho para para aqueles objetos, todos eles familiares, dispostos de forma aparentemente desorganizada mas com um padrão, o padrão de brincadeiras interrompidas à espera de serem recomeçadas.
Aproximo-me da velha arca, certamente  recheada com os  mesmos objetos da minha infância. Observo-a mas não me atrevo a abri-la pois sinto que se o fizer, uma memória feliz vai desaparecer para sempre.
Junto dela estão as lamparinas de azeite que nunca cheguei a ver em pleno desempenho das suas funções pois tornaram-se desnecessárias após a chegada da electricidade. Mais à frente estão os livros de histórias infantis, os livros escolares e as sebentas todos empilhados, amarelados pelo sol e encarquilhados pela humidade. Ali está a velha ardósia da avó, herdada pelo tio, já meio partida; os montes de sapatos velhos desencontrados ou sozinhos, caixas de cartão recheadas de pequenos objectos isolados; brinquedos que pela sua simplicidade tinham a capacidade de nos estimular a criatividade em brincadeiras épicas; os bancos de madeira que ali foram colocados na esperança que se tornassem úteis mais uma vez; as ferramentas do avô trazidas para aqui durante as brincadeiras e que foram privadas de mais alguns momentos de utilidade, ficando no esquecimento. Estes objectos continuam aqui como me lembrava, agora unidos pelo fino manto cinzento-acastanhado que os faz partilhar o mesmo destino: o esquecimento.

Narrativa - Prancha 03 | Vinhetas 01 e 02 (Cap. I)


11:00 horas.

Acordo toda partida, cheia de dores devido à posição em que dormi. Já não dormia nesta cama há séculos. As molas já estão tão deterioradas pelo tempo e pelo uso que se “afundaram” logo que me deitei, fui literalmente “engolida”.
Estou que nem posso.

A visita à tia vai ser curta e já é tarde. Coragem!

Ao primeiro movimento à procura de um apoio para sair do “buraco”, perco o equilibrio e sou novamente “absorvida”. Parece que estou num insuflável!
Com esforço ponho-me de pé e agarro no telemóvel que deixei em cima da mesa de cabeceira.
Não o devia ser assim, mas a primeira coisa que faço logo que me levanto é verificar o e-mail e as redes sociais. Tenho deixado a higiene diária fica para segundo plano :-(. Estou dependente deste gadget! Mas o que posso fazer?
É com ele que me mantenho em contato com o resto do mundo e por mais que tente, não consigo viver sem ele.

Tenho 3 Mensagens mas nenhuma delas é suficientemente importante para que perca mais de 2 minutos a olhar para o ecrã. Enquanto me visto, penso na tia que certamente se levantou de madrugada para tratar os animais. Por esta altura já passou pelas hortas de onde colheu as hortaliças para o almoço e pelo pomar, de onde recolheu a fruta.
Neste momento deve estar na cozinha a tratar do almoço e não deve tardar a chamar por mim. Este é um ritual que eu adorava fazer com ela sempre que a vinha visitar nas férias grandes.

Animada pela recordação, encho o peito e dirijo-me para as escadas com a intenção de lhe ir dar um beijinho bem carinhoso, antes de passar pela casa de banho que fica no exterior da casa. Quando passo pelo antigo quarto da avó, paro e olho para a pequena porta junto à cama. Num impulso abro-a e fico de frente para as escadas quase tão curtas quanto estreitas, que dão acesso ao sótão.

Não resisto!

Começo a subi-las com cuidado, acompanhada pelo pelo ranger da madeira envelhecida à medida que subo os degraus. Ao chegar a cima, estico-me e observo a estrutura esconsa do telhado. Está como me recordava, talvez um pouco mais curvada pelo tempo.

Olho à volta e avanço!

Prancha 03 - "O Livro" (storyboard)


Terceira prancha do storyboard "O Livro".
O importante na Banda Desenhada e nos Comics é a fluidez na leitura. Para isso têm de ser considerados indicadores de leitura ao nível da prancha, da vinheta, ou do desenho. Estes indicadores poderão aparecer das mais variadas formas: para além da balonagem, através do background, dos personagens; de forma isolada ou em conjunto.

Narrativa - Prancha 02 | Vinheta 04 (Cap. I)



“Só agora me apercebi da violência dos elementos, de tão distraída que estava.

Sentes a chuva? Tenho a sensação que cada vez mais, o clima reflete o meu estado de espírito... e agora estou deprimida.

Prometo que amanhã estaremos juntas novamente e nessa altura dar-te-ei todas as novidades e dir-te-ei como está a tua irmã. A viagem foi longa e cansativa e preciso de descansar, um beijinho muito grande cheio de saudades.

A última coisa que me lembro antes de adormecer é o som crescente da chuva a bater e que cai de forma excepcional para a época.”

Narrativa - Prancha 02 | Vinhetas 01 a 03 (Cap. I)



“Só agora me apercebi da violência dos elementos, de tão distraída que estava."

Prancha 02 - "O Livro" (storyboard)


O distanciamento que tenho tido ao projeto "O Livro" tem permitido o seu amadurecimento de forma consistente, reforçando o seu potencial narrativo. O próprio conceito tem evoluído de forma sustentada e coerente, apoiado pelo desenvolvimentos de outros conteúdos visuais (esboços, estudos de personagens, "storyboards", etc.) que ajudam a reforçar o rigor narrativo, quer visual,  quer escrito.

Narrativa - Prancha 01 | Vinhetas 02 a 04 (Cap. I)


“Sei que estás preocupada por ter feito esta viagem sozinha, ainda por cima em setembro, altura de chuva, mas é necessário. A tia está preocupada com o teu estado de saúde e o facto de podermos falar deixa-a mais descansada; além disso confesso que continuo à procura de respostas para o desaparecimento do papá.

És da opinião de que já o devia ter esquecido, afinal já passaram 10 anos. Mas não posso nem vou fazê-lo. Ao contrário do resto da família acredito que o seu desaparecimento não foi premeditado ou intencional e sinto que está a necessitar da nossa ajuda. Enquanto este mistério não for resolvido a mina vida não será normal.

No entanto existe um lado positivo no meio disto :-): estou a aprender a viver sozinha, sem depender de ninguém. Quer dizer,... tenho o meu telemóvel que é uma excelente companhia. Neste momento é tudo o que preciso para me sentir acompanhada. Nele guardo as minhas recordações mais importantes, entre elas a nossa selfie de família.

Ao contemplá-la sinto-me mais próxima de ti e isso torna-se mais evidente aqui, nesta casa onde vivemos muitos momentos de grande felicidade. Através desta imagem consigo comunicar contigo de forma intensa, de uma maneira que nunca conseguiria se estivéssemos juntas na conversa.”

Narrativa - Prancha 01 | Vinheta 01 (Cap. I)


"Estou no quarto onde dormiam os meus primos, por baixo do antigo quarto da minha Avó. A única porta que aqui existe dá directamente para a rua, para um passeio estreito, paralelo à estrada, que separa a habitação do pinhal.

Penso que antigamente este quarto servia de arrecadação para o material que o tio usava no dia-a-dia, tipo: o motor-de-rega, tubos de plástico, ferramentas, etc..
Algures por aqui havia um pequeno alçapão que escondia um furo artesiano, mas não me lembro bem onde está.
As paredes são caiadas e estão como me lembrava, amareladas e cheias de irregularidades que contrastam com o chão negro de ardósia cuja textura áspera é interrompida pelo vidrado nas zonas de maior utilização.
A cama em ferro, tão antiga como desconfortável tem um colchão feito de desperdício de pano, forrado por um tecido azul quadriculado já desbotado pelo tempo.
Do lado oposto, encostada à parede e junto às escadas, continua a arca de madeira. Por cima dela a mesma pilha de roupa: edredons, mantas de retalhos antigas, feitas à mão e outra roupa de cama.

O tempo não avança nesta casa, é como se fosse... mágica.

Talvez por isso goste tanto de aqui estar, mesmo tendo em consideração que as razões não são as melhores.

Adorava passar a férias de Verão aqui, na terrinha, como costumávamos dizer.

Contigo e com o Pai, com a tia, o tio e os primos. Éramos uma família feliz e unida.
Agora os tempos são outros, menos divertidos."

Prancha 0I - "O Livro" (storyboard)


Este é o estudo da primeira prancha de "O Livro". No blog "O livro IBN" poderão ver um excerto do esboço do texto literário que está em desenvolvimento e que serviu de base para esta adaptação.

"O Livro" (Esboços vários)



Em paralelo com o desenvolvimento da história, da narrativa visual e personagens, tenho estado sempre consciente de outro fator que considero importante:

Como vai ser esta história apresentada ao publico?
em formato digital, em papel ou de forma híbrida?

Esta problemática levanta de imediato outra questão:
Qual será o seu tamanho e formato?

Esta tem sido uma preocupação constante desde o início e tem-me obrigado a definir algumas estratégias no sentido de encontrar uma solução que seja o mais versátil possível. Em momento oportuno falarei um pouco sobre o assunto.

Imagem: mais um estudo que corresponde a um a ensaio gráfico na busca de um estilo simples e rápido.

"O Livro" (Estudos)


Todos os elementos visuais criados para o projecto "O Livro" são provisórios, mas apesar disso são muito importantes pois vão ajudar a definir história e personagens. Estes elementos são ferramentas que vão permitir alcançar um outro nível de complexidade narrativo, deixando a história mais credível e os personagens mais complexos e "humanos". Sinto que “O livro“ tem vindo a assumir cada vez mais protagonismo, o que me leva a querer partilha-lo. É minha intenção fazê-lo com critério mas isso nem sempre será possível uma vez que a sua evolução tem sido muito orgânica e inconstante.
Por essa razão espero que “O livro” se revele algo mais do que uma história...

Imagem: esboços iniciais da protagonista em poses de acção.

"O Livro" (Primeiros storyboards)


O distanciamento a que o projeto “O Livro” tem sido sujeito, tem permitido um amadurecimento consistente. O conceito tem evoluído de forma sustentada e coerente.
Paralelamente com a história escrita, têm sido desenvolvidos conteúdos visuais (esboços, estudos de personagens, storyboards, etc.) com o objetivo de auxiliarem a criação de toda a narrativa (visual e escrita).

Imagem: storyboard inicial onde são identificados os pontos mais importantes da narrativa.

"O Livro" (Estudo de Personagens)


“O livro” é um projeto que está a ser desenvolvido para ser apresentado em forma de Banda Desenhada. À medida que vai evoluindo vai assumido uma importância maior, amadurecendo e ganhando interesse, pelo menos na minha opinião. Apesar de ser um projeto secundário no meu fluxo de trabalho não tem estado parado, muito pelo contrário.

Imagem: estudo de cabeça da personagem principal.
A simplificação da forma da cabeça (mais triangular, mais quadrada, mais redonda, mais ou menos facetada) tem o objectivo de ir definindo aquilo que poderá ser a protagonista da história.

Estudo da protagonista

Estudo da protagonista da história "O Livro".

Estudo visual de "O Livro"

Mais um estudo. O objectivo é adquirir movimento tirando partido da orientação das pinceladas. O contraste é importante para definir pontos de interesse na narrativa.

Estudo visual de "O Livro"

Estudo gráfico para uma história de aventuras inserida dentro de um contexto histórico e educativo. Esboço a lápis e  finalizado com pincel. As manchas grandes a preto são digitais.

Ambiente - Uma história por terminar (Tira 3)

Terceira tira da prancha Ambiente.
Nesta tira temos uma visão "mais geral" dos efeitos interferências sobre o planeta que aqui se encontra antropomorfizado.
Esta é a visão negativa de um planeta "doente". A partir daqui as crianças  irão criar as suas pranchas oferecendo algumas soluções para a "cura do planeta.

Ambiente - Uma história por terminar (Tira 2)

Segunda tira da prancha.
Esta tira representa uma possível consequência às constantes interferências Humanas sobre o Planeta. As alterações climáticas são uma reacção inevitável a essas interferências.

Ambiente - Uma história por terminar (Tira 1)

Primeira tira pertencente a uma prancha desenvolvida no contexto do ambiente, para um workshop de Banda Desenhada para crianças. A prancha foi feita dando inicio a uma história cuja conclusão seria criada pelos formandos. Nesta tira estão descritos alguns exemplos negativos da interferência do ser humano sobre o Planeta. Esta é a tira introdutória da Prancha.

Quim & Manecas - A Máquina do Tempo

Na vida real um objecto tecnológico inovador nunca seria colocado aos olhos de todos num local tão frequentado e com uma porta tão fácil de abrir. O principal objectivo da história é contar uma aventura em Aljubarrota através dos olhos do Quim e do Manecas. Com este pressuposto, a máquina do tempo torna-se apenas o artefacto obrigatório que justifica a viagem no tempo. Por essa razão foi colocada no gabinete do Professor Stuc evitando mais explicações e tornando a narrativa mais simples e linear. A historia pode ser vista, na totalidade, no blog Vinheta Preta.

Quim & Manecas - Outros Personagens

Durante a sua Aventura, Quim e Manecas são apresentados a outras figuras históricas tais como o Rei D. João I e D. Nuno Alvares Pereira, que pela sua importância mereceram um grande cuidado na sua representação. Para isso foi importante uma investigação cuidada.

Quim & Manecas - Outros Personagens

Com a Padeirinha de Aljubarrota não houve necessidade de tantos desenhos de estudo pois a pesonagem tem bastante menos protagonismo do que o Quim e o Manecas, aparecendo em apenas duas ou três vinhetas. No entanto, foi imperativo (à semelhança de todos os outros personagens) fazer uma investigação cuidada com o objectivo de perceber como tem sido representada ao longo dos tempos.

Professor Stuc - Evolução do personagem

Baseado numa foto de Stuart Carvalhais, a personagem assume o seu aspecto final (à excepção do cigarro :-))

Professor Stuc - Evolução do personagem

Um dos personagens da Nova Aventura é o Professor Stuc cujo nome era uma brincadeira com o nome do criador do Quim e Manecas.
A brincadeira evoluiu e Stuart Carvalhais acabou por ser introduzido na história, encarnando o Génio Cientifico que inventa a máquina do tempo. Stuc é também Professor dos protagonistas.

Quim & Manecas - Estudo de Personagens

Duas versões da mesma acção inspiradas no traço de Yoann. Procurando um traço mais solto a pincel e com as personagens mais "antropomorfisadas". Este traço revelou-se um pouco mais "adulto" para o pretendido.

Quim & Manecas - Estudo de Personagens



Estes são os primeiros estudos feitos para a Nova Aventura (fundo branco) do Quim e Manecas. Criados em 1915 por Stuart Carvalhais, Quim e Manecas são os personagens mais carismáticas da Banda Desenhada Portuguesa (sobre fundo amarelo) .
Com a responsabilidade de os reinterpretar foi feita uma investigação cuidada, quer a nível gráfico quer ao nível do conceito e história.
As características mais marcantes das Aventuras dos meninos teriam de estar aliadas a uma frescura e modernidade que permitisse a empatia com um novo público (principalmente com publico mais novo). Com inspiração nas técnicas da animação procuraram-se traços mais "elásticos" que enfatizassem a postura e as acções dos dois meninos. Foram feitos diversos desenhos até chegar a uma conclusão agradável.

Storyboard "Quim & Manecas Testam a História"


Primeiro storyboard da Aventura de Quim e Manecas.
Baseado numa história em desenvolvimento, tanto o storyboard como a narrativa visual foram sofrendo toados os ajustes necessários até à sua versão final.
A principal razão para a adopção deste processo de ajuste prende-se com a complexidade de uma história que tem de ser contada recorrendo a um espaço muito limitado (apenas 4 pranchas).

Quim & Manecas - Viagem no Tempo


No decurso de mais uma marotice que os caracteriza, o Quim e o Manecas entram inadvertidamente numa Máquina do Tempo, que os transporta para uma nova aventura, desta vez, no passado. Num recuo temporal que os leva até ao dia 14 de Agosto de 1385, os dois amigos são levados à presença de D. João I e envolvem-se numa série de peripécias em plena Batalha de Aljubarrota.

Spiderman vs Octopus


Esta é uma tira pertencente a uma história de prancha única, onde o Homem Aranha se defronta mais uma vez com o seu arqui-inimigo Octopus.

Quinto Imperio - 2.ª edição


O Quinto Império é um Jogo criado com o objectivo de agradar quem gosta de estratégia, aliado a uma componente mais educativa. Reunindo o melhor dos dois mundos, o Quinto Império foi inspirado na Aventura dos Descobrimentos Portugueses. O seu sucesso foi imediato e em pouco mais de um ano foi desenvolvida uma segunda edição melhorada.O seu lançamento será no dia 8 de Dezembro às 16:30h, na Livraria Barata - Avenida de Roma, Lisboa  - e conta com a presença do seu criador, David Mendes e dos ilustradores Luis Taklim e Miguel Alves.

006 - Diogo Alves, estudo de personagem

Mais um estudo do personagem do Diogo Alves. Desta vez, este  apresenta-se de corpo quase inteiro já com as primeiras pistas de como vai ser a sua indumentária. Esboço preliminar, com o objectivo de "captar" o movimento do personagem.

005 - Diogo Alves, estudo de personagem

Um primeiro estudo para a Parreirinha, companheira de Diogo Alves.

004 - Diogo Alves, estudo de personagem

Estes estudos a lápis já se aproximam mais daquilo que eu pretendo para o personagem Diogo Alves. Neste estudo procuro formas mais geométricas que lhe vão transmitir ao personagem um carácter mais "cartoon". Fiz vários desenhos da cabeça em posições distintas para tentar perceber se o modelo funciona. A segunda posição é a única que me não me parece consistente. Ao fazer este estudo percebi que o cabelo é uma característica do personagem que posso aproveitar para lhe reforçar o movimento.

003 - Diogo Alves, estudo de personagem

Mais um esboço do Diogo Alves a pincel e tinta da china.

002 - Diogo Alves, estudo de personagem

Mais um estudo para o Personagem Diogo Alves. Esboço rápido a tinta da china e pincel

001 - Diogo Alves, estudo de personagem


 Primeiros estudos para o personagem Diogo Alves. Estudos rápidos a pincel e Tinta da China.

004 - Estudo para personagem 3D

Penso que encontrei o caminho.
Gostei do estudo anterior e comecei a variar e a experimentar.
O personagem precisa de ser muito simplificado.
Esboço rápido a pincel sobre papel texturado e cor digital.

003 - Estudo para personagem 3D

Este é um estudo um pouco mais adulto que só tem de ser simplificado. Neste estudo voltei à flor para assinalar o nível de carga, mas coloquei-a na testa da personagem. Esboço rápido a pincel sobre papel texturado.

002 - Estudo para personagem 3D

Mais um estudo para personagem.
Ao peito, no lugar da flor coloquei uma lâmpada que vai mudando de cor conforme a carga. Este estudo agrada-me, mas o personagem tem um aspecto demasiado infantil.

001 - Estudo para personagem 3D

Estudo inicial de um personagem para animar em 3D para filme institucional cuja sua acção se desenrola num ambiente ecológico. No conceito do filme está muito presente a bio-energia.

Um dos pressupostos para este personagem é que seja relativamente simples de animar, evitando para isso a introdução de pormenores complexos que dificultem o render da animação (como são por exemplo os cabelos). A personagem criada deve ter um aspecto humanóide, e servindo como base, esta deve derivar em três personagens, duas adultas (uma masculina e outra feminina) e uma infantil (masculina ou feminina). A minha abordagem inicial ao estudo gráfico foi o de não considerar as suas limitações de complexidade, deixando a sua simplificação para o fim.

No último estudo desta sequência tentei dar à personagem uma forma de um componente eléctrico (uma ficha). Introduzi também uma espécie de flor que assinala o nível de carga do personagem.

Os esboços rápidos são a lápis e a cor digital e nesta fase têm o objectivo de me ajudar a encontrar uma forma que me pareça adequada e que transmita carácter e personalidade ao personagem.



001 - Ilustração FHM 006

Esta é a última ilustração por mim feita para a FHM.
Nesta ilustração optei por utilizar pincel e tinta da china para o contorno. A cor foi aplicada posteriormente numa ferramenta digital de ilustração. Espero que gostem.

Boas Festas

Um Feliz Natal e umas Boas Festas para todos!

001 - Ilustração FHM 04

Ilustração criada para a secção Repórter Piadas da revista FHM 57 (Dezembro).
É a história de um campino que descobre que o não é :-).

001 - Ilustração FHM 02

Ilustração criada para a secção Repórter Piadas da revista FHM 55 (Outubro). É a história de uma criança que faz um pedido a Deus. Foi feito um esboço prévio à mão e finalizado num aplicativo de desenho vectorial.

001 - Ilustração FHM 01

Ilustração criada para a secção Repórter Piadas da revista FHM 54 (Setembro). É a história de um rapaz de 16 anos que compra um Porsche por 15 euros. Foi feito um esboço prévio à mão e finalizado num aplicativo de desenho vectorial.

001 - Orm I

Esta é uma das minhas primeiras ilustrações utilizando o aerografo. É a história de um personagem dos infernos chamado Orm. Com um mau feitio, Orm transita entre a Terra e o Inferno para satisfazer o seu pai, o "Diabo", coleccionando o maior número de almas possível. Ao descer à Terra toma posse do corpo de um mortal levando-o ao suicídio (sendo que o mortal nunca perde a consciência do que lhe está a acontecer). Logo a seguir a vitima é levada para o Inferno onde é entregue ao "Diabo". Nesta vinheta o Orm encontra-se no “limbo”, uma vez que é um local que não pertence nem à Terra nem ao Inferno (o Inferno fica para além desta porta). A ideia ao desenhar o Orm foi contar algumas histórias "Dark" de uma maneira ligeira e divertida. A técnica ilustrativa é muito simples e, acima de tudo, rápida. Passa simplesmente pela aplicação de aguarela (com o aerografo) sobre a fotocopia de um esboço feito a lápis. O resultado é bastante interessante (pelo menos na minha opinião).

001 - Gangster Fumador V

Aqui vai mais uma imagem após algum tempo de ausência. É mais um esboço do Gangster feito agora num estilo um pouco mais ligeiro e simples. Foi feito entre dois trabalhos urgentes :-). Ainda não estou muito confortável com quaisquer dos estilos que tenha usado com o personagem e vou continuar a procurar.